CHA DO AMOR
Quando vivi no sertão
Nas leis do mato aprendi
Pra sarar a dor meu irmão
Com folhas, tronco, raiz
Se levava uma pancada
Qualquer bicho uma picada
Um tombo de uma bebedeira
Não tinha medo de nada
Pois tava ali perto de mim
Uma farmácia no meu jardim
Fazia um chá e tomava
Amassava as folhas e passava
E tudo se curava assim
Mais essa dor na cidade
Não vejo remédio então
Primeiro a dor da saudade
De tudo lá no meu sertão
Uma mais forte ainda
E a danada da paixão
Não tem doutor que socorre
Dor do meu amor no meu coração
Em nenhuma cidade eu encontro
Nem mais ervas no sertão
Com por fim este pranto
E acalmar o meu coração
Meu remédio é só ela
Por quem foi apaixonar
Tudo o que eu preciso é ela
É só ela pra me acalmar.